Segunda, 11 de junho de 2018

Centralidade avança

Semad autoriza segunda etapa de projeto inédito de recursos hídricos no Vetor Sul da Grande BH



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A CSul Desenvolvimento Urbano realiza um dos maiores projetos de centralidade urbana do país, no Vetor Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A CSul Desenvolvimento Urbano realiza um dos maiores projetos de centralidade urbana do país, no Vetor Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Sempre priorizando a preservação do meio ambiente onde estão inseridos, têm se tornado tendência nas grandes metrópoles espaços urbanos capazes de reunir em um só lugar infraestrutura para se viver, morar, trabalhar, ter acesso à cultura e integração com a natureza. São espaços que proporcionam qualidade e conforto no desempenho das atividades da vida cotidiana. Baseada nessa diretriz de sustentabilidade, a CSul Desenvolvimento Urbano realiza um dos maiores projetos de centralidade urbana do país, no Vetor Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Para comprovar a viabilidade da Centralidade Sul proposta pelo Estado por meio do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da RMBH, a CSul vem realizando diversos estudos e monitoramentos que demonstram a eficácia desse desenvolvimento regional. Um deles já está sendo realizado na região: é a 2a etapa do Projeto de Monitoramento e Pesquisa Hidrogeológica. Trata-se de uma iniciativa inédita para projetos de parcelamento do solo, tornando a CSul Desenvolvimento Urbano precursora na aplicação dessa metodologia para o segmento.

Esse importante passo para a análise da disponibilidade hídrica do Vetor Sul da RMBH, frente ao desenvolvimento urbano que já acontece naquela região, foi dado com a autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD). A CSul já concluiu a primeira etapa do detalhado estudo de monitoramento e pesquisa hidrogeológica dos recursos hídricos no Vetor Sul e acaba de divulgar resultados positivos. Com a autorização para início da segunda etapa do projeto de monitoramento hídrico, os investimentos serão da ordem de R$ 14 milhões.

 

Definição da área

A primeira etapa do Projeto de Recursos Hídricos da CSul consistiu na definição da área de estudo, que vai além dos limites territoriais da empresa. Nesses locais foi realizado o cadastramento de pontos de água e implantação da rede de monitoramento superficial e subterrânea para levantamento da evolução das séries históricas da região. De acordo com o hidrogeólogo da MDGEO Hidrogeologia e Meio Ambiente que acompanha a pesquisa, Antônio Carlos Bertachini, é a primeira vez que o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) aplica a metodologia para um empreendimento imobiliário. “O resultado do monitoramento pluviométrico da região, iniciado em agosto de 2016 pela CSul, aponta um aumento significativo da pluviometria local quando comparado aos últimos quatro anos hidrológicos.”

A análise do índice pluviométrico local, quando comparado aos períodos chuvosos (outubro a março) de 2014/15, 2015/16, 2016/17 e 2017/2018, indica que o período chuvoso de 2017/18 atingiu as maiores médias desse período. Ou seja, na contramão dos últimos cinco anos de redução da disponibilidade hídrica, a tendência para os próximos ciclos hidrológicos é que as médias pluviométricas mantenham-se ou passem por aumentos consideráveis, relacionados a ciclos hidrológicos mais chuvosos, como indicou o diretor de meio ambiente e monitoramento da MDGEO, Mauricio Bertachini.

Ele ressalta ainda que o monitoramento de dois anos hidrológicos anteriores à explotação de água subterrânea, a ser iniciada após a conclusão da pesquisa hidrogeológica, permitirá, com segurança, a análise técnica sobre a sustentabilidade do uso futuro desse recurso hídrico subterrâneo, pois a segunda etapa da pesquisa consiste na perfuração dos poços tubulares (recentemente autorizada pela SEMAD). Eles serão utilizados para testes de bombeamento e simulações de cenários hídricos futuros: “É compreensível que a comunidade tenha receios de que o uso da água subterrânea possa provocar o fim do recurso. Mas, ao contrário, toda água subterrânea armazenada no aquífero é renovada anualmente graças à recarga durante o período chuvoso. À medida que tiramos água, a capacidade de armazenamento do aquífero ou reservatório subterrâneo aumenta”, finaliza.

 

Segunda etapa

A segunda fase do Projeto de Monitoramento e Pesquisa Hidrogeológica da CSul Desenvolvimento Urbano, autorizada pela Semad, acaba de ser iniciada. Ela corresponde à autorização para perfuração de quatro poços tubulares profundos para pesquisa hidrogeológica no Vetor Sul da RMBH. Neste momento a CSul se prepara para o início das perfurações dos quatro poços para pesquisa hidrogeológica e oito piezômetros que integrarão a rede de monitoramento hídrica subterrânea, passando então para 35 pontos de monitoramento, entre superficiais e subterrâneos.

Após a perfuração, será realizado um ensaio de bombeamento prolongado, junto com o acompanhamento do nível de água e das vazões dos pontos de monitoramento, para determinar as características hidrodinâmicas do aquífero estudado (Sistema Aquífero Cauê). Finalizada essa etapa, a consultoria de recursos hídricos da CSul, MDGEO Hidrogeologia e Meio Ambiente, atualizará o modelo matemático hidrogeológico com todos os dados monitorados e fará as análises do comportamento hídrico da região estudada, por meio da simulação de cenários futuros para consumo de água subterrânea.

Os resultados dessas análises serão enviados ao órgão ambiental para exame das fases subsequentes do licenciamento, principalmente para orientar o órgão licenciador no momento de concessão das outorgas das diversas fases do empreendimento. 

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